O mundo do empreendedorismo adora histórias de sucesso. Aquelas trajetórias impecáveis, com topos de montanhas escalados sem tropeços e pódios brilhantes. Mas a verdadeira história de Kátia Teixeira é muito mais profunda e, por isso, muito mais valiosa. Ela não é um guia turístico mostrando o caminho fácil. Ela é a exploradora experiente que sabe onde estão as pedras, os buracos e os abismos. E é por isso que hoje, sua missão de vida é a mentoria.
Houve um tempo em que Kátia subiu ao topo. O sucesso financeiro era visível, palpável. Ela tinha a liberdade que tanto buscou, o controle do próprio tempo e do próprio negócio. Mas foi justamente nesse momento de extremo conforto que surgiu o desconforto mais profundo: a sensação de não ser útil, de que algo essencial estava faltando. Aquela Kátia que quebrou duas vezes, que chorou em caminhos difíceis, que sentiu que estava jogando a vida fora fazendo o que não queria... Essa Kátia não havia sumido. Ela estava ali, dentro do sucesso, buscando um sentido maior.
E foi nesse vazio que a mentoria floresceu. Não como mais um negócio, mas como a resposta para a inquietação da alma. Kátia não se tornou mentora para ensinar um plano de negócios perfeito. Ela se tornou mentora para compartilhar a verdade por trás do sucesso. Para dizer a outros empreendedores: "Eu também quebrei. Eu também duvidei. E foi nessas quedas que eu encontrei a força para me levantar de novo".
A mentoria de Kátia não é sobre regras, mas sobre resiliência. Não é sobre números, mas sobre propósito. Ela usa as lágrimas que derramou e os caminhos difíceis que percorreu para iluminar o passo de outras pessoas. Seu maior ativo não são as empresas que construiu, mas a sabedoria que acumulou em cada falha e em cada recomeço.
Hoje, a mulher que sentia que sua vida estava sendo jogada fora é a mesma que, com um sorriso, ajuda outras pessoas a encontrarem seu próprio rumo. A liberdade que ela tanto prezava hoje tem um novo significado: é a liberdade de guiar, de inspirar e de tocar o coração de quem, assim como ela, busca algo que vai muito além de qualquer fortuna. Porque no fim das contas, a maior sorte não é o que se ganha na loteria, mas o que se constrói com a vida , um legado de utilidade e amor.
Afinal, a mulher que aprendeu a se reerguer das quedas agora ensina a voar, consolidando seu papel como a mentora das mentoras.
Por Carla Cavalcante
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